domingo, 17 de maio de 2020

Básicos: Inspiração

Há quem diga que as histórias já existem, e que os autores têm apenas a função de as escrever. Mas há quem diga que são os próprios autores que mandam na história, e que a criam – para isso, é preciso inspiração. Não é a única coisa que importa – evidentemente, ou então este manual seria desnecessário – contudo, é muito importante deter alguma, e ainda distinguir a inspiração do plágio.

» Como lidar com bloqueios criativos: A inspiração tem os seus ápices, mas quando vai abaixo e os autores não sabem que cenas criar, é um problema. Há uma coisa que todos os autores têm de ter por perto: O MILAGROSO BLOCO DE NOTAS. Mesmo trabalhadores ou estudantes devem ser capazes de, através dele, anotar potenciais ideias, coisas a verificar ou a fazer durante o trabalho, pois fazer um apontamento é rápido e não têm de ter qualquer tipo de organização. É muito importante apontar tudo, ou as ideias acabarão no esquecimento. Há falta de melhor, aponte no telemóvel, ou na mão. Contudo, é verdade que na maior parte dos casos o problema não é ter ideias, e sim a falta delas, a falta de inspiração. Não é difícil conseguir alguma, apesar de tudo, e aqui estão algumas soluções para acabar com os bloqueios criativos. 

- Escrever outra coisa: Quando não sabe como prosseguir com a cena que deveria escrever, escreva outra coisa diferente: reescreva cenas anteriores, escreva cenas posteriores, ou escreva algo em nada relacionado com a obra. Uma fanfic – talvez uma das curtas, uma oneshot ou drabble – um texto, ou eventualmente alguma outra história que tem na cabeça e que também merece atenção. Isso relaxa e, enquanto os pensamentos divagam, pode acontecer de se lembrar do nada como rematar o capítulo da sua história original.

- Compor o rascunho: Anteriormente, referi algumas formas de planear a história, mas com o passar do tempo algumas das coisas planeadas começam a parecer desajustadas ou insuficientes. Uma boa ideia é simplesmente voltar atrás e reler o que foi escrito, para depois mudar as coisas que incomodam. Isso leva mais tempo do que parece, e eventualmente nesse espaço de tempo as ideias voltam, e pode continuar a escrever a obra propriamente dita. Caso não voltem, pelo menos não foi tempo perdido. 

- Procurar imagens: Imaginemos que queria escrever um momento romântico, mas graças ao bloqueio criativo, não sabe que palavras usar ou que comportamento retractar da parte das personagens. Imagens são uma excelente referência – há imensas imagens de casais, talvez nem todas úteis ao momento, mas que mesmo assim se poderão revelar úteis de algum modo. Faça até uma montagem com as melhores. Além disso, por muito que os adultos insistam em imagens mais realistas, fotografias e afins, desenhos por vezes são igualmente bons e atentam em detalhes (como a expressão facial) que as fotografias dificilmente captam. Procurar imagens é, evidentemente, bom para qualquer tipo de coisa, indo desde descrições de lugares a pessoas. Se se sente culpado ao usar essas imagens como base, pois parece que está a copiar, simplesmente não as siga fielmente – retire detalhes de imagens distintas, ou mude pormenores conforme o seu gosto. 

- Sair e observar o mundo:

- Ler todo o tipo de livros: – LER, LER E LER, MAS DE QUE FORMA (VER CC)

- Pesquisar outros autores: 

- Forçar a escrita: Parece que nada funciona, mas há prazos e metas a cumprir, não resta muito tempo e aquela cena tem de ficar pronta o mais cedo possível. Bem, afaste tudo aquilo eu possa atrair a sua atenção, e force a escrita. Está sem ideias? Lembre-se de QUALQUER COISA e comece a atirar palavras para o papel, arranjar algum tipo de conexão entre elas, pelo menos até escrever um ou dois parágrafos. Às vezes, ao fim disso, a escrita recomeça a fluir, pois o problema não era realmente seu, era apenas daquilo que estava a descrever. Alguns autores não se dão bem a escrever certas coisas, ponto. Se não há um caminho, invente um. 

- Apenas descansar: Há alturas em que forçar a escrita e tentar ter ideias simplesmente não dá frutos. Nada parece ser bom o suficiente, e por vezes não é mesmo. Isso é sinal de que pode ser necessário fazer uma pausa. Apanhar ar, comer, dormir… cansaço geralmente é uma desculpa fraca, mas há alturas em que o nosso corpo realmente tem exigências a fazer e o cérebro só recomeçará a trabalhar quando atendermos essas necessidades primeiro. Fazer pausas não é perder tempo, pelo contrário, é muitas vezes recuperá-lo. É mais produtivo recomeçar a escrever após uma pausa do que não parar e teimar em coisas que não estão a dar resultado.

» Os limites do plágio: 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Básicos: procurar informação

Mais um artigo destinado a falar do planeamento por trás da escrita de uma história. É algo de que eu gosto muito, mas provavelmente desanimará algumas pessoas que possam achar este tópico semelhante a estudar... Há quem diga que, ao escrever um livro, basta expor as nossas ideias e opiniões – será que isso invalida a necessidade de pesquisar informação? Não. 

Básico: Diferença entre enredo, história, narrativa e tema

Outro post essencialmente teórico, em parte dispensável, mas que deixa quem percebe do assunto mais profissional naquilo que faz, por estar a escrever de forma consciente. Sem grandes introduções, digamos apenas que grande parte das pessoas confunde as 4 coisas e é necessário saber distingui-las. Preste atenção às palavras sublinhadas.

O básico: Criar um rascunho

Antes de começar a escrever a história, há toda uma fase de planificação, que passa também pela criação das personagens [www] e do mundo [um artigo furturo]. Porém, essa não é a única coisa a planear. É necessário planear também o enredo TODO. Isso irá empreender várias fases: